Monthly Archives: Abril 2010
O contra-golpe e o “mais falido” da cidade (www.djvsports.com, Ed. 30)
Prezado leitor, o Guarani se despediu com honra da Copa do Brasil na última quarta-feira. E o fez conseguindo o que o todo o Brasil está tentando: derrotar o assoberbado Santos. O Santos poupou alguns titulares? Azar deles, que perderam para os nossos reservas. Ricardo Xavier, Fabinho, Cleber Goiano, Walter Minhoca e Douglas não estavam em campo. Richard Falcão, com 2 gols nos 3×2 impostos pelo Bugre e emocionado em campo, foi dispensado 2 dias depois e parte para um final de ano ‘sabático’ no segundo time da cidade. O querido Waguinho Dias, agora nosso diretor de futebol, atuou como técnico interino. Para a história, no Brinco de Ouro, são 32 vitórias do Bugre contra 31 do Santos de Pelé. Obrigado, Waguinho!
Depois da vitória, assumiu o novo técnico Vagner Mancini. Para a Série A ele já tem 5 reforços confirmados: os laterais Fabiano e Rodrigo Heffner, o volante Renan e os atacantes Mazola e Roger.
Também digna de nota é a matéria do jornal Correio Popular nesta semana sobre as finanças dos times daqui. Já citei aqui que o Bugre deve em torno de R$ 120 milhões, mas tem patrimônio maior, avaliado entre R$ 200mi e R$ 300mi. O segundo time da cidade deve R$ 85mi (sendo R$ 59mi devidos a empresas de seu próprio presidente!) e um patrimônio bem menor de R$ 52mi. Atenção amigos piadistas e contadores-júnior! Quem é o time mais falido de Campinas? Melhor rir do que chorar.
Boa semana!
Nota: Em Mar/11, encontramos a seguinte matéria sobre a dívida de Neverland:
http://esportemultimidia.com.br/?p=2259
Dívida da Ponte com o presidente Sérgio Carnielli cresce 24,9%
A dívida da Ponte Preta com seu presidente Sérgio Carnielli aumenta a cada ano. Em balanço financeiro publicado ontem no Diário Oficial do Município de Campinas, o montante em 2010 alcançou R$ 73,6 milhões, um crescimento de 24,9% em relação a dívida ao final de 2009, que bateu no patamar de R$ 58 milhões. O único aspecto a ser comemorado é a diminuição do ritmo de crescimento do débito. De 2008 para 2009, o balancete havia registrado um aumento no débito de 54%. Com uma pendência com o Palmeiras, a dívida sobe para R$ 73,7 milhões.
A dívida será tema de reunião do Conselho Deliberativo dia 15. Mesmo sem a avaliação, já é possível chegar à conclusão de que o investimento não teve o efeito desejado. No Paulistão de 2010 a Ponte caiu nas semifinais para o Botafogo. Na Série B do Campeonato Brasileiro, a equipe amargou a 14ª colocação com 48 pontos.
Enquanto pessoa física, o presidente Sérgio Carnielli continua com um crédito a receber de R$ 28,4 milhões. A modalidade fica em “títulos a pagar”, uma espécie de boleto a ser cobrado sem a cobrança de juros no futuro.
No caso da Partbol, empresa do dirigente, o valor repassado à Macaca saiu de R$ 15,5 milhões para R$ 17 milhões. O maior salto foi verificado na dívida junto à Tecnol, especializada na fabricação de óculos e também de Carnielli. Em 2009, o valor devido era de R$ 14,1 milhões. No ano passado, subiu para R$ 26,8 milhões. Um aumento de 89,5%.
Outra empresa utilizada por Carnielli para emprestar dinheiro à Ponte Preta foi a Carnielli Investimentos, que tinha a receber da Macaca R$ 817,6 mil em 2009 e agora tem R$ 1,3 milhão. Carnieli emprestou, em média, R$ 1,2 milhão à Ponte Preta por mês no ano passado.
Através da assessoria de imprensa do clube, o presidente pontepretano admitiu que, apesar dos esforços para conter gastos, foi difícil evitar novos empréstimos. “Por mais que tenhamos tentado – e conseguido – reduzir custos de forma significativa, ainda não foi o suficiente para cobrir o déficit gerado pela Série B do ano passado”, disse o dirigente.
“Já dizia em 2010 que precisávamos subir em virtude disso e teremos o mesmo problema neste ano, quando receberemos cerca de R$ 90 mil por mês para disputar a competição nacional da Série B, o que não cobre um terço da folha de pagamento mensal do futebol”, disse Carnielli.
Sobre o fato de utilizar a sua empresa particular como fonte de empréstimos ao clube, Carnielli esclarece que o procedimento é apenas para encaminhar o financiamento sem amarras. “Na verdade todos os recursos vêm do meu bolso. Por uma questão jurídica, optei por fazer transferência de meus lucros pessoais através da firma”, comentou o dirigente, que lamentou a queda na média de público da Macaca, que muitas vezes não cobre os custos do próprio jogo.
O Duro Golpe e Mancini (www.djvsports.com, Ed. 30)
Prezado leitor, na última quarta-feira o torcedor do Guarani sofreu mais um duro golpe. Perdemos de 8×1 para o Santos. Destaque para o golaço de nosso lateral Moreno, de falta, na gaveta! Ele comemorou muito. O time também. Isso nos dará vantagem no jogo de volta, quando precisamos apenas fazer 7×0 para classificacar. Melhor rir do que chorar.
Ironia à parte, depois vem a notícia de que, na 1ª Vara do Trabalho de Campinas, determinou-se a penhora do Brinco de Ouro por motivo de uma ação de R$ 20 mil ingressada por uma ex-funcionária de 2009. A execução da penhora se estende para os demais processos da mesma vara e o juiz ainda convida as outras varas da Justiça do Trabalho de Campinas para aderirem.
O processo citado é de 2009, gestão do Sr. Leonel. Claro que existem outros 300, de 2002 a 2008, na “gestão” mal-intencionada do Sr. Lourencetti. No entanto, é suficiente para comprovar que o caminho para nosso Bugre voltar a ser grande não passará por Leonel. Ele é ultrapassado, lento e mal assessorado. Pior: o estatuto do Guarani Futebol Clube está redigido para que sempre se mantenha lá a mesma patota.
Neste aspecto, e dói no coração falar, vale a pena que as más notícias venham. Isso tem que sensibilizar a todos sobre o que não está bom. Piorando assim, corremos risco de daqui a 110 anos estar no nível do time de Neverland.
Boas vindas e boa sorte ao novo técnico Vagner Mancini!
Obrigado, Vadão. (www.djvsports.com, Ed. 29)
Prezado leitor, o Guarani não jogou esta semana. Teremos na próxima quarta-feira o primeiro jogo das oitavas-de-final da Copa do Brasil contra o Santos, simplesmente o melhor time do Brasil na atualidade. Estamos preparados? Melhor rir do que chorar: nem técnico temos para este jogo. Vadão, em comum acordo com a diretoria bugrina, antecipou o fim de seu contrato (que era para este mês). É o fim de um ciclo vitorioso. A torcida bugrina agradece a Vadão e Gersinho pelo trabalho nestes 12 meses e pela conquista do acesso a Série A do Brasileirão.
Não me esquecerei do jogo do acesso no ano passado, contra o Bahia, quando Vadão se emocionou ao confirmar o acesso do Bugre nos minutos finais do jogo. Quando entrevistado, só conseguia falar que os jogadores mereciam. Técnicos chorões me impressionam. Isso demonstra a dedicação deles com a sua equipe. Na época citei o choro copioso do Carlos Alberto Silva (nosso Campeão Brasileiro de 1978), quando foi rebaixado dirigindo o Bugre. Por isso o Guarani é especial e único!
Pessoalmente, pelo caráter, profissionalismo e qualidade de Vadão, desejo-lhe sucesso em sua carreira adiante. A não ser que ele acerte com a equipe lá da beira da linha do trem. É impossível ser bem sucedido lá.
Face à política silenciosa e pouco transparente da diretoria bugrina, não tenho menor idéia de quem será o novo técnico. É aguardar e torcer!
Boa semana e Avante Bugre!